O texto proposto para este ano é o relato de Mateus 17,1-9. É um texto muito rico em teologia e simbologia. A transfiguração é, portanto, a resposta de Jesus à incompreensão dos discípulos acerca da sua identidade, e uma demonstração de que cruz e glória fazem parte de um mesmo caminho: o destino do ser humano é a glória, mas essa passa pela cruz.
“Seis dias depois” de ter anunciado a sua morte, Jesus mostra aos discípulos a vida em plenitude; o sexto dia foi o dia da criação do homem e da mulher (cf. Gn 1,26-31), e é nesse dia que Jesus manifesta o ser humano em sua máxima dignidade e realização.
A montanha é, por excelência, na linguagem bíblica, o lugar do encontro com Deus. Não apenas um dado geográfico, mas teológico; toda ocasião de encontro e intimidade com Deus é uma subida à montanha. Inclusive, é em Mateus que a montanha tem mais relevância do que em qualquer outro evangelho: é lá onde Jesus faz as coisas mais importantes: pronuncia as bem-aventuranças (5,1), multiplica os pães (15,29), e como Ressuscitado, aparece aos discípulos no monte (28,16). No alto da montanha, Jesus “foi transfigurado diante deles; o seu rosto brilhou como o sol e as suas roupas ficaram brancas como a luz” (v. 2). Diante da incredulidade e resistência dos discípulos em aceitar a morte, Jesus antecipa para eles o resultado da paixão: a manifestação gloriosa do Filho do Homem e, portanto, de Deus nele. Não apenas o rosto brilhou, mas todo o seu ser, inclusive suas vestes. As mesmas imagens e cores da glória de Deus ao longo da história são reveladas em Jesus; a luz é também sinal do que é novo: à medida em que o Reino de Deus vai sendo implantado, o universo todo se renova.
O convite é ouvir Jesus, o Filho Amado, coloca-Lo como centro de nossa vida e evangelização, devemos anunciar Jesus, o Evangelho, mas da maneira certa, sem alimentar falsas ilusões, nem omitir as suas verdades. E somente à luz da ressurreição é que esse anúncio se torna eficaz e perfeito. É melhor silenciar do que anunciar de modo equivocado. O anúncio distorcido é, sem dúvidas, consequência de uma escuta superficial. Aqui está um dos ensinamentos mais importantes para as comunidades de todos os tempos: a necessita da escuta de Jesus, o Filho Amado. Escutando corretamente Jesus acontece a conversão pessoal e comunitária, e viveremos a sinodalidade tão sonhada em nosso tempo.
Pe. Arilson Lima, SVD

No primeiro dia, 28 de Fevereiro na parte da manhã foi uma partilha para que os confrades se conhecem mutuamente, especialmente para aqueles que são recém-nomeados. Na parte da tarde, foi um momento de avaliar os passos do triênio anterior.