Arquivo da categoria: Paróquias

JUBILEU DE 25 ANOS DO VERBO DIVINO EM OIAPOQUE

Povo de Oiapoque numa caminhada da fé

       Tudo começou por um convite do CIMI. Irmã Rebeca, encarregado pelo CIMI, foi até Oriximiná, fazer convite aos confrades que trabalhavam lá naquele momento. O convite do CIMI ao Verbo Divino era para trabalhar com o povo Apalaí no Parque Tumucumaque. Depois, mudança de opinião, e foi pedido ao Verbo Divino assumir um trabalho com o povo de Oiapoque. 

       Antes de assumirem a missão no Oiapoque, foi feita uma primeira visita, que foi uma acolhida e ao mesmo tempo uma expressão da Unidade na Diversidade. A primeira visita para a área foi feita (Talvez em 1997) com Pe. Cristóvão, Antônio Enério, (Otpista Filipino) e Patrício.  Pe. Nello e Ir. Rebeca que atuavam na área indígena acompanharam os confrades na viagem para as aldeias. Assim foram visitadas as aldeias Kumarumã, Açaizal, Espírito Santo e Santa Izabel. Nesta visita, o padre Patrício estava preocupado em saber se podia tirar fotos sem ofender.  Numa casa da aldeia Açaizal, o cacique falou, “Meu Deus, na minha casa, uma Irmã dos Estados Unidos, um padre da Itália, um seminarista das Filipinas, um padre da Polônia e um padre da Irlanda. Vou ter que tirar uma foto dessa visita”, e foi buscar a sua máquina. Após essa sondagem da área de trabalho, chegou a hora de assumir a Paróquia de Oiapoque.

       Em 1998, o Pe. Cristóvão se mudou para Oiapoque. O Pe. Patrício o seguiu em 1999. Esses eram os primeiros confrades a assumir a missão no solo oiapoquense, cujo acesso era muito difícil. Após a sua posse em 7 de fevereiro de 1999, como respetivamente Pároco e Vigário, os dois confrades iniciaram um trabalho de celebração, de formação, e do atendimento pastoral a todo o povo do Oiapoque.

       No plano pastoral, os verbitas em Oiapoque, investiram mais na formação dos leigos. Pois umas das primeiras dificuldades encontrados era a invisibilidade ou a inatividades dos leigos na Paroquia, pois não tinha leigos disponíveis para assumir a catequese, acompanhar a juventude e as crianças. Durante a sua caminhada com o povo, várias comunidades em bairros diferentes foram formadas para bem atender as necessidades espirituais e sociais do povo católico. Com aquela vontade de bem acompanhar o povo, o Pe. Cristóvão fez uma visita em Faro (uma cidade do Pará, na diocese de Óbidos) e conversou com o casal Iranildo e Mônica. Ao convite do padre Cristóvão o casal se mudou para Oiapoque para trabalhar como missionário leigo. Mônica trabalhou como secretária da Paróquia e formou o grupo de crianças/adolescentes Sta. Terezinha, entre outras coisas. Iranildo trabalhava mais na pastoral na cidade, mas às vezes visitava os interiores com os confrades. A visita as famílias católicas ou não, marcou a passagem dos confrades.

       Portanto, os confrades que passaram no Oiapoque não se limitaram somente em atender o povo da cidade, pois uma atenção particular foi dada ao povo indigenista. Esse, não teve somente a assistência espiritual, mas material também. Era bem cuidado. O atendimento ao povo indígena e sua aldeia, é de soma importância, pois era o objetivo do Verbo Divino assumir o trabalho no Oiapoque.

       Após alguns anos, vieram se juntar à comunidade verbita, os padres e irmãos Pe. José Mapang, Pe. Leandro Moreira, Seminarista Clifford de Souza (que voltou como para Oiapoque como padre), Irmão Elismar Casagrande, Pe. João Belarmino, seminarista Jean Paul de Togo, Pe. Eduardo Garcia (Lalo), Pe. Aparecido Luiz, Agostinho Tanarua, Pe. Jaime, Pe. Paulo, Pe. Gregório, Pe. Hazer, Pe. Odenilson.

       Hoje em dia, a missão no Oiapoque é acompanhada por Pe. Elfridus e Pe. Augustino Mevor.

       Durante 25 anos de presença verbita no Oiapoque, há em total 16confrades que marcaram esse território com sua presença. Os confrades: Patrício, Cristóvão, João Belarmino, Agostinho Tanarua, Pe. Gregório se doaram mais na área indígena enquanto os confrades: Patrício, Cristóvão, Luiz Aparecido, o finado Jaime, Paulo, Pe. Hazer, Pe. Odenilsom que doaram mais para missão na cidade e interiores. Hoje a missão indigenista é acompanhada pelo padre Elfridus e a da cidade pelo padre Augustin Mevor.

       Durante todos esses anos, o verbo divino vem imprimindo seu rosto no coração do povo oiapoquense. Assim, tem um grupo do AVA que está crescendo. A semente verbita contínua de ser plantada no solo oiapoquense para a construção do Reino de Deus.

VIVA VERBO DIVINO, VIVA DEUS UNO E TRINO!

Arquivo Paroquial

 

A PARÓQUIA DE SANTO ANTÔNIO DE ALENQUER

SANTAS MISSÕES POPULARES DE ALENQUER

A origem da Igreja católica de Alenquer tem seus fundamentos na Missão estabelecida pelos frades “CAPUCHOS DA PIEDADE”, entre os índios Barés ou Abares, em Curuá, no ano de 1694.

O “aldeamento dos índios” pretendia, ao mesmo tempo, proteger e evangelizar os nativos desta região.

Por volta do ano 1729, devido às condições geográficas e à falta de transporte, durante o período da seca, a Missão Baré foi transferida para o lugar Surubiú, que desde 1720, já existia como missão, sob a proteção de Santo Antônio de Lisboa.

O governador Mendonça Furtado, passando por essa Missão, em 20 de março de 1758, deu ao lugar o nome atual de Alenquer. No ano seguinte, após a expulsão dos Jesuítas, Dom Frei Miguel de Bulhões, 3º bispo de Belém, deu o título de Paróquia de Santo Antônio de Lisboa à Vila de Alenquer.

A primeira visita pastoral realizada na Paróquia foi feita por Dom Frei João de São José e Queiroz, em fevereiro de 1762.

Alenquer ficou muitos anos sem Pároco residente. Eram os padres de Santarém que vinham fazer a famosa “desobriga”. Pe. João Antônio Fernandes e Pe. José Nicolino Pereira dos Santos, este descendente de indígenas, se destacaram no zelo pela missão.

A ausência de padres fez crescer a presença dos leigos na coordenação das comunidades cristãs. Surgiram assim as “Irmandades” para organizar, principalmente, as festividades dos padroeiros. Com o passar do tempo, essa forma de organização laical, independente do freio da ortodoxia e autônoma no controle financeiro, entrou em colisão com a autoridade eclesiástica. Assim, em 1905, D. Frederico Costa, que tinha assumido, dois anos antes, a nova prelazia de Santarém, as extinguiu, todas.

Em Alenquer, três comunidades se foram organizando: Santo Antônio, no Centro; São Benedito, na Luanda; e São Sebastião, no Aningal. Os anais registram que, no fim do século XIX, a Paróquia tinha uma população de 2013 almas, das quais, 1980 eram católicas.

No primeiro quarto de século seguinte, o padre italiano Secundo Bruzzo, desenvolveu, durante 24 anos, um trabalho pastoral excelente. Graças aos seus esforços, por exemplo, foi retirada a exigência de Dom Amando Bahlmann, o bispo prelado, que insistia que viria benzer o novo cemitério de Alenquer se só os católicos fossem sepultados nele (1908). Alenquer teve problemas sérios nos anos de 1917/18, com a gripe espanhola, malária e enchentes, causando uma grande mortandade.

Em 1924, a Paróquia de Alenquer foi entregue aos cuidados da Ordem dos Frades Franciscanos. Inicialmente, os frades de Óbidos vinham fazer a desobriga. Mas em 1930, Frei Luiz Wandt foi nomeado pároco e assumiu esse cargo durante 8 anos.

Muitos outros o sucederam: Frei Edmundo Bonkosch, Cirilo Haas, Guido Fickers, Patrício Seubert, Evaldo Regula, Ricardo Havertz, Rogério Voges, Francisco José Goeddee, Mário Lueke, Luciano Maciel, Rodolfo Hartmann, Martinho Lammers, Alberto Osterholt, José Batista Fernandes, Carlos Weber, Hermano José Schartzbeck, Juvenal Carlson, Vianey Miller e Frei Juraci Estêvam de Sousa, que foi último pároco franciscano de Santo Antônio de Alenquer e que fez a transição com a nova equipe dos Verbitas.

Em 1997, Dom Martinho Lammers, pediu à Congregação dos Missionários do Verbo Divino que assumissem a Paróquia, pois os frades não tinham pessoal suficiente para continuar. Chegaram em Alenquer, os padres: Francisco Kom, Kevin Keenan, Roberto Ebisa, Patrício Ruane. Depois vieram João Belarmino, Estevão Rex Simangi, Antony Samy Siluvai, Cristóvão Kopec´, José Boeing, José Leandro Moreira, Manuel Rodrigues, Paulo Balaz, Jaime Alejandro, Adventino Nandus, Lucas Prugar, José Mapang, João Lopo Loin, Pio Norfiansyha, Erick Hulier e mais recentemente Tej Kumar e Jean Michel Randriambololona. Vieram também os Irmãos Luís Kaut e Blasius Kindo. O Pe. Emmanuel Andrade, diocesano de Óbidos, fez também um estágio de aproximadamente 2 anos.

Os padres Kevin Keenan e Cristóvão Kopec’ fizeram reformas na Igreja de Santo Antônio, enquanto o Pe. Francisco Kom tinha uma preocupação especial pela formação dos leigos.

Em 2004 foram realizadas as Santas Missões Populares, sob a coordenação do P. Roberto Ebisa e animação de P. Jaime Romero.

 Ao longo dos anos muitas   comunidades foram surgindo, tanto   no   interior como na cidade, e cada vez mais, a formação de leigos (as) está   sendo   a   base   da   evangelização   na   Paróquia, pois, são   eles   que assumem as celebrações dominicais e alimentam o espírito comunitário fraterno. Atualmente estão ativas 145 comunidades.

Os Conselhos das comunidades foram-se formando ao longo dos tempos e hoje a Paróquia possui um Conselho de Pastoral Paroquial (CPP) onde estão representadas as Regiões, Áreas de Missão, as   Pastorais e, naturalmente, a Equipe Paroquial, com um total de 49 membros. Este Conselho acontece a cada dois meses, havendo uma reunião extra para organizar a festividade de Santo Antônio. Já o Conselho de Pastoral Urbano (CPU) reúne mensalmente todas as   comunidades da Cidade com a Equipe Paroquial.

A reunião anual para avaliação e planejamento das atividades   pastorais e administrativas é denominada na Paróquia de Alenquer de Assembleia Paroquial. Acontece, normalmente no início do mês de dezembro e reúne todos os coordenadores das Comunidades, todos os coordenadores das Áreas, das Regiões, das diversas pastorais e dos Movimentos, além da Equipe Paroquial. Esta é a instância maior de decisões, sempre em conformidade com as normas diocesanas.

Devido ao aumento de paróquias na diocese, houve necessidade de diminuir o número de participantes no Conselho Diocesano de Pastoral que se reúne duas vezes por ano. Assim, a nossa paróquia é representada pelo Pároco, um membro das famílias religiosas presentes na paróquia e três leigos. Os leigos são: o coordenador de Pastoral, o Vice Coordenador de Pastoral e uma secretária do CPP.

Ainda não foi formado o Conselho Administrativo Paroquial. No entanto, as decisões para a escolha das prioridades na aquisição de patrimônio são tomadas nas assembleias paroquiais.

Os membros da assembleia paroquial, participam, todos os anos, num curso, em abril, para ajudar no cargo que exercem e se familiarizarem com o documento mais importante e recente do Magistério.

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