REFLEXÃO DOMINICAL: SOLENIDADE DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA 2023

             Uns anos atrás, atendendo pedido do Pároco de Brasil Novo, celebrei missa numa vicinal da Transamazônica, para a festa na comunidade de Nossa Senhora.  Estavam comigo o Irmão Casagrande e o Pe. Rodolfo.

            Chegamos cedo e fiquei conversando com um senhor, liderança da comunidade.   Ele me contou a história do pai dele que era muito devoto de Nossa Senhora. Todos os dias rezava o Terço.  Ele adoeceu, mas não queria ir no hospital.  Ficou na cama com o terço na mão,

rezando.  De repente ele falou: “Nossa Senhora está me chamando para a casa do Pai”.  Fechou os olhos e foi para a casa do Pai.   Fiquei impressionado com a história.

            Logo em seguida fui para Oiapoque onde passei o Natal e Ano Novo com Pe. Miguel.  Na volta passei na nossa Paróquia de Nossa Senhora de Nazaré em Macapá com os padres Lucas e Sebastião.  Fazia tempo que a Dona Íres, vizinha da casa paroquial, estava me cobrando celebração de 50 anos de aniversário do casamento dela e Luciano, porque eu celebrei o casamento deles em Porto Trombetas.

            Aproveitando a ocasião, celebrei a missa dos 50 anos na Igreja Nossa Senhora de Nazaré.  Na homilia contei a história do homem da vicinal de Brasil Novo. Depois da missa, o senhor que fez as preces, entrou na sacristia e falou: “Padre, quase não consegui fazer as preces de tão emocionado que fiquei. Aquele homem de Brasil Novo era meu tio”.

O mundo é pequeno.

             Logo que a saudação chegou aos meus ouvidos, a Criança pulou de alegria no meu ventre” (Lc 1, 41).

               Sejamos como Maria, portadores de alegria, levando alegria para as pessoas com quem encontramos, de modo especial para os tristes.        

            Olhou para a humildade de sua serva(Lc 1, 48).

            Tradução talvez mais correta: “Humilhação da sua serva”. Sejamos servos humildes, olhando para os humildes e os humilhados das nossas paróquias e locais de trabalho.

            Derrubou dos tronos os poderosos e elevou os humildes”. “Encheu de bens os famintos” (Lc 1, 52 – 53).

            Temos que acreditar que isso é possível e lutar para que aconteça. Está acontecendo também em nossos dias. Maria está na luta conosco. E tomara que no fim da nossa caminhada aqui na terra, Maria nos convide também para a Casa do Pai.

 

Pe. Patrício Brennan, SVD

REFLEXÃO DOMINICAL: SOLENIDADE DA TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR 2023

Irmãos e irmãs, neste domingo a Igreja celebra a transfiguração do Senhor, o que quer dizer, a revelação da divindade de Jesus aos seus discípulos. Esta celebração da Transfiguração de Jesus, é colocada 40 dias antes da celebração da Santa Cruz.

Jesus subiu na montanha junto com seus discípulos Pedro, Tiago e João para rezar. E no momento de sua reza, ele mudou de aparência, assim apareceram lhe Moisés e Elias conversando com ele, nos narra o evangelista São Mateus. Moisés e Elias representam duas figuras importantes na história do povo de Deus. Os ensinamentos e os testemunhos dessas duas pessoas são tão enraizados na cultura judaica que a presença e os ensinamentos de do Filho de Deus são praticamente desconsiderados perante Moises e Elias.

O que importava às autoridades religiosas naquele tempo era o legado que Moises e Elias deixaram e não a novidade que Jesus trouxe. Neste aspecto, Mateus quis nos dizer neste Evangelho que o que importava e que ainda importa ao povo não era mais a figura de Moisés e Elias, mas a presença e os ensinamentos do Filho de Deus. Pois no momento da Transfiguração, somente o rosto de Jesus que brilhou, e nada foi dito a respeito de Moises e Elias. Então a única pessoa que brilhou era Jesus Cristo. Quer dizer a única pessoa que conta, a única pessoa que o povo judeu precisava olhar. Moisés e Elias serviram de instrumentos para Deus se comunicar com seu povo e não são os principais, mas o Filho de Deus sim, ele é o principal. Assim precisa cair a expressão: eu sou mais importante, eu sou mais valioso de todos. Por isso em seguida a voz de Deus se fez ouvir, “este é o meu Filho amado na qual Eu pus tudo meu agrado”.

Estes dois sinais, a transfiguração e a voz do Deus, nos mostram que o único que o mundo precisa escutar e seguir é Jesus Cristo.

Hoje o cristão é confrontado a tantas vozes que as vezes fica confuso; as vozes que vêm de nosso íntimo, das situações em que se encontra, vozes que vêm do mundo, estas vozes podem nos afastar de Deus e nossos irmãos, pois o mundo tem o seu próprio caminho que a maior parte é de instrumentalizar o ser humano para ganhar mais lucro; uma voz que faz que o cristão perde a sensibilidade para com outro, enquanto a voz do Filho que Deus nos convida e nos oferece a salvação e a libertação, e nos ajuda a encontrar o verdadeiro caminho.

Quem escuta a voz de Cristo, precisa se comprometer com a sua fé e com a vida desconsiderando as vozes que hoje causam divisão no mundo e nas famílias.

Pe. Agostinho Mevor, SVD