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XXVI DOMINGO DO TEMPO COMUM 2023

           Meus queridos irmãos-irmãs em Cristo! A liturgia de hoje quer nos transmitir uma força de Deus para tranformarmos a nossa fé em ação, ou seja, em realidade.

            São Paulo na segunda leitura nos diz: “Tende entre vós o mesmo sentimento que existe em Cristo Jesus”. Um pouco antes ele falava da ternura, da compaixão, da misericórdia porque queria que uma comunidade cristã precisava de assumir o estilo de vida critã. Por isso que ele diz: “Vocês precisam de ter o mesmo sentimento de Cristo Jesus”. São Paulo está colocando isto para que a comunidade não caia na tentação de professar uma fé e não se torna realidade na vida do dia a dia.

            E, foi justamente isso que o profeta Ezequiel está falando na primeira leitura.  Profeta Ezequiel é aquele que secou na fé. Ele diz: “Vocês estão pensando que Deus que está errado”, mas na verdade somos nós que estamos errados. Ele disse isso porque o povo já não ouve mais a Deus. Por não ouvir a Palavra de Deus, não entende qual é o Projeto de Deus para este povo. E, acaba de perder mais a caracteristica que é ser um povo obediente, povo fiél ao Seu Deus. Não é obediência que escravisa mas a obediência que liberta. Porque, Deus é salvador, libertador, e o caminho da libertação é a obediência a lei de Deus. Esse caminho passa por escutar a Palavra de Deus.

            Jesus no Evangelho nos faz meditar este caminho da libertação falando da parábola da vinha. Um homem que tinha 2 filhos. Ele os chamou para trabalhar. Primeiro filho disse: “Eu vou, pai”. Mas não foi trabalhar. E o outro filho disse que não iria, mas ele foi trabalhar. Quem fez a vontade do de Deus é aquele que transformou a fé em ação.

            Então nós como uma comunidade temos duas opções. Professar a fé com Palavras: Eu creio eu faço, ou professar com gesto. Eu não disse nada, mas eu fiz. Jesus quer que a gente diga: SIM a Palavra de Deus não somente da boca para fora. Deus quer ver uma comunidade, que tem assumido o mesmo sentimento de Cristo Jesus, que é uma comunidade que se converteu para o Cristo Pobre.

            O povo de Ezequiel pensava que Deus estava errado e não eles que estavam errados. Mas, quando esse povo aceitou seu erro, mudou de vida.  Mudança de vida que ouve o Evangelho é assumir estilo de vida cristã. Comprender o mundo como Jesus Cristo entende. Entender as pessoas como Jesus Cristo entende. Aí nós vamos ter uma comunidade de fé que cheia de harmonia, da ternura da misericórdia, da compaixão, do perdão como São Paulo diz na segunda leitura.

            Quando Jesus Cristo está falando da parábola da vinha, Ele está falando para os anciãos, para os mestres da lei, para os religiosos que conhecem a Palavra de Deus, que têm a Palavra de Deus na boca mas estilo de ser é pagão, não é cristão. E aí, o que vão fazer? Escandalizar. Por isso que Jesus diz que quem vai primeiro ao Céu são prostitutas, os publicanos. Aqueles que vocês falam mal deles. Porque Jesus disse isso? Porque salvação é para todos. Jesus não é exclusivista. Ele quer abrir a salvação para todos, e a condição é aceitar a Palavra de Deus que é Perdão, Misericórdia.

            Então neste 26º Domingo do Tempo Comum Jesus quer que sejamos um povo cristão, capaz de ouvir, de entender, de aceitar e transformar a Palavra de Deus em vida, em realidade que proclama com os lábios. Isso é bonito mas também é um grande desafios para todos nós cristãos. Pedimos que todos nós, possamos nos converter a Deus. Façamos a Palavra de Deus verdadeiramente uma realidade na nossa vida do dia a dia. Não é fácil, mas com Espírito de Deus, tudo é possível. Para que isso aconteça, precisamos de ouvir a Palavra de Deus. São Jerônimo diz: “Quando rezamos falamos com Deus, quando lemos a Sagrada Escritura é Deus que nos fala, então quem ignora Sagradas Escrituras ignora o Cristo, Salvador”. Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo! Para sempre seja louvado.

Pe. João Loin, SVD

FIEL AO SEU COMPROMISSO

            Neste XXV Domingo do Tempo Comum, nós escutamos 3 leituras que nos ensinarem a sermos fiéis aos nossos compromissos sadios, sérios e libertadores. O compromisso é chave de ouro da nossa missão e sempre vale ouro. Por isso, ficar mudado o compromisso com algúem sempre traz desconfiança e desastre a nossa prória vida. O livro do Profeta Isaías 55,6-9, nos ensina a saber como sermos comprometidos com as coisas sérias, sadias e libertadoras: “ABANDONE O ÍMPIO, O HOMEM INJUSTO E SUAS MAQUINAÇÕES MAS ABRACE DEUS E SUA GENEROCIDADE E O PERDÃO. Esse tipo de compromisso nos leva à vida digna. 

No Evangelho, Mateus 20,1-16a, Deus como um patrão da vinha é comprometido conosco, os trabalhadores – chamados à missão -. Ele é comprometido porque não mudou a sua decisão como tratar todos os trabaladores numa maneira justa. Todos que trabalham na vinha ganharão uma moeda de prata por dia. É um valor justo para uma refeição adequada por dia a cada pessoa naquela época. Então se for menos do que uma moeda de prata praticamente vai ter alguém se alimentar desadequado por dia. Aliás, se fosse quebrado o compromisso que patrão fez com os trabalhadores praticamente eles começaram mais tarde passariam fome. Neste caso, o objetivo do trabalho qual é para libertar a humanidade, a vida dos trabalhadores do sofrimento ou miséria da fome não funciona. Ao contrário, traz desastre na vida deles, na humanidade e na sociedade. 

            Após a realização do compromisso, teve reclamação dos outros que se acharam ser tratados com injustiça pelo o patrão. A atitude do patrão que é fiel ao seu compromisso não o deixou ser enganados ou derrotados por eles. O compromisso ajudá-lo a ser firme no enfrentamento com os injustos. O compromisso lhe dá a força para não ser derrubado facilmente por mal. O compromisso foca a vida dele a um objetivo libertador. 

            Como batizados e missionários do Verbo Divino temos o compromisso com Deus à humanidade. Temos os ribeirinhos, os marginalizados da cidade, o povo da rua, as mulheres e crianças, os indígenas e os agricultores familiares. Eles sabem que temos compromisso com eles. Por favor, não mudemos nosso compromisso com eles por algumas condicionantes. Se fizermos isso, o desastre será grande. Nós poderíamos evitar desse desastre com uma opção de viver sem compromisso. Mas se acontesse seria um ruim porque é sinal que vivemos sem identidade. O nosso compromisso revela a nossa identidade. 

            Vamos voltar ao nosso compromisso. Vamos ser capazes de realizar esse compromisso para todos aqueles que estão no nosso foco da missão. Amém. 

Pe. Elly Nuga, SVD