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HOSANA, AO FILHO DE DAVI!

Texto: Mateus 21,1-11

Caros irmãos e irmãs,

       Hoje a Igreja inicia a Semana Santa com a celebração do Domingo de Ramos. É uma comemoração da entrada de Jesus Cristo na cidade de Jerusalém com uma acolhida bem significativa pela multidão. Baseado no Evangelho, descobri três pequenas mensagens que as pessoas de Jerusalém nos demonstraram como podemos acolher Jesus.

       Primeira, acenaram a Jesus com os ramos. Geralmente é somente um rei que recebe uma acolhida assim pelo seu povo, mas faz isso com as bandeiras ou um lenço nas mãos. Jesus foi recebido com os ramos verdes ondulados nas mãos das pessoas. A acolhida delas, nos demonstrou a forte união e o reconhecimento como um povo (nação) junto com o seu rei. Neste cenário surgiu um sentido coletivo sobre igualdade, fraternidade e confiança do povo. E o povo não distinguiu os pobres dos ricos ou os superiores dos inferiores etc. Somente existe uma multidão unida, o povo de Deus. Nós somos um povo igual, fraterno e temos fé em Deus como a fonte da nossa vida. Recebemos Jesus com a nossa força de união. Essa união que Deus precisa.

       Segunda, estenderam as suas roupas na estrada quando Jesus passava montado numa jumenta. Normalmente, um rei é recebido com um tapete lindo enquanto passa montado num cavalo. Jesus não foi recebido dessa maneira e não quis fazer desse jeito. Ele recebeu a expressão espontânea de pessoas simples, mas era muito verdadeira. Elas não tinham nada de luxo para Lhe oferecerem. O tapete valioso que o povo conseguiu oferecer a Jesus era apenas as suas roupas. Como de costume, os Judeus usam duas camadas de roupa, com uma camada externa servindo de casaco. Era essa parte externa da roupa que eles colocaram para fora e a estenderam no chão para servir como um tapete. Este cenário nos deixa uma mensagem muito profunda. Quando Jesus entrar na realidade da nossa vida, possamos-Lhe dar as nossas boas-vindas numa maneira bem verdadeira sem hipocrisia. E o nosso coração como ele já é de vermelho igual a cor do tapete, servindo para ser lugar onde Jesus vai passar. Vamos preparar o nosso coração para que seja limpo e lindo para receber Jesus.

       Terceira, louvaram a Deus e mencionaram Jesus como o Rei que vem em nome do Senhor para trazer a paz. Isso foi um grito de pessoas de fé e de esperança por uma vida digna e pela paz no mundo. Outros evangelistas disseram que gritavam “Hosana”, que significa SALVAR! Também nós somos convidados a louvar a Deus por todas as coisas que Deus fez por nós através das atitudes proféticas, colaborarmos para que aconteça a cultura da vida. Continuamos pedindo a Deus que nos salve também, especialmente a todas as pessoas que estão numa situação de guerra. Com o mesmo espírito daqueles que acolheram Jesus, somos agora convidados a marchar e cantar “HOSANA” para fazer acontecer o Reino de Deus aqui neste mundo. Que a nossa vida seja uma peregrinação cheia de louvor a Deus, o Rei Todo-Poderoso. Que Deus nos abençoe! Amém.

FELIZ DOMINGO DE RAMOS!

Pe. Wempianus Moan Jawa, SVD

5° Domingo da Quaresma

Texto: João 11, 1–45 sobre A Ressurreição de Lázaro

       A Palavra de Deus é a fonte da vida eterna para nós que afirmamos e professamos que Deus é o Senhor da História, conforme afirmação no Evangelho de São João: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14, 5). Viemos ao mundo para ter a vida e tê-la em abundância e acreditamos que com a morte e a ressurreição teremos a vida eterna. Como é que essa vida eterna podemos explicar?

       Estamos começando a percorrer o quinto domingo da Quaresma. O tema e a reflexão deste domingo é sobre a morte e ress

urreição de Lázaro. A ressurreição de Lázaro segundo o Evangelho de João é o sétimo sinal que Jesus realizou. Notando que o primeiro foi realizado nas Bodas de Caná, onde a água se transforma em vinho, e o último é que acabamos de ouvir. Agora, o que é que o Evangelho quer nos deixar como mensagem para que possamos continuar a aprofundar a nossa espiritualidade e depois para nos direcionar ou potencializar essa direção rumo a Jesus?

       Sabemos que Deus é a VIDA e quer nos dar essa VIDA. É Deus dos vivos e não dos mortos. Portanto, Jesus também assumiu a condição humana e viveu nessa em todas as dimensões. Hoje nós vimos uma faceta muito humana nEle quando ele Jesus chorou por Lázaro (Jo 11,35). O choro mostra esse aspeto e o sentimento que propriamente humano. Jesus poderia impedir a morte do seu amigo, mas ele não fez isso porque sabe que a condição humana é para passar por essa situação da morte. Passamos pela morte, mas a morte não nos domina para permanecer nela porque Jesus nos leva à VIDA eterna. Jesus chamou o Lázaro sair ao encontro com ele; que é a VIDA ETERNA. A morte que é simbolizado no cemitério nunca vai prender Lázaro para eternidade porque Jesus está aí para tirá-lo e o leva com Ele. Isso é VIDA ETERNA. Viver com Jesus numa situação que não a morte pode nos dominar.

Peçamos ao Senhor que neste tempo propício da Quaresma nos deixemos transformar interiormente e nos purifiquemos de todos os pecados que nos tiram da alegria, do entusiasmo e do fervor missionário. Que Ele transforme a nossa vida artificial em uma vida abundante de amor e felicidade. E principalmente, possamos colocar a vida onde existe a cultura da morte. Que como cristãos não nos deixemos invadir pela indiferença, mas sejamos cristãos que carregam e espalham a vida.

AMÉM.

Ir. Ariel Sosa, SVD